Em março de 2025, a produção industrial capixaba cresceu +4,6% na comparação com fevereiro de 2025, na série com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, a indústria teve queda de -4,3%.

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março de 2025, a produção industrial capixaba apresentou aumento de +4,6%, no confronto com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o estado alcançou a segunda posição no ranking das Unidades da Federação (UFs), ficando acima da média nacional, que alcançou +1,2% no período.

Na comparação interanual, a produção industrial capixaba apresentou aumento de +2,6%, atingindo a sétima posição no ranking dos estados pesquisados. Como destaque positivo, estão os estados do Paraná (+15,1%) na primeira colocação, seguidos de Santa Catarina (+9,3%) e Pará (+9,1%). Setorialmente, as atividades com desempenho positivo, na comparação com março de 2024, foram: Metalurgia (+10,2%), a Indústria Extrativa (+3,4%) e a Fabricação de Produtos Alimentícios (+0,3%). Em contrapartida, as atividades que obtiveram resultados negativos foram a Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel (-11,1%) e a Fabricação de Produtos Minerais Não-Metálicos (-6,0%).

Considerando o peso das atividades na composição da taxa de crescimento do setor industrial capixaba, em março, comparado ao mesmo mês do ano anterior, o resultado da Indústria Geral, foi de +2,6%, sendo impactada pelos resultados positivos de duas das cinco atividades, sendo a principal a Indústria Extrativa (segmento de minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo e gás natural) que registrou expansão de +2,3 pontos percentuais (p.p.), seguida pela Metalurgia, com +1,5 p.p.. Por outro lado, houve retração nas atividades de Fabricação de celulose, papel e produtos de papel, com -0,6 p.p. e a Fabricação de produtos minerais não-metálicos, com -0,5 p.p.. Já a Fabricação de Produtos Alimentícios se manteve estável (+0,0 p.p).

No acumulado em 12 meses, a produção industrial do Espírito Santo registrou retração de -4,3%, desempenho inferior à média nacional, que apresentou expansão de +3,1%. Com esse resultado, o estado ocupou a última posição entre as unidades federativas no período. Dentre as atividades industriais locais, apenas a Metalurgia apresentou variação positiva, com avanço de +5,7%. As demais atividades contribuíram negativamente para o resultado agregado, com destaque para: Indústrias Extrativas (-7,0%), Fabricação de Celulose, Papel e Produtos de Papel (-5,2%), Fabricação de Produtos Minerais Não-Metálicos (-1,5%) e Fabricação de Produtos Alimentícios (-0,1%).

A queda na Indústria Extrativa está fortemente associada à redução nos volumes de produção de petróleo, gás natural e pelotas de minério de ferro. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) indicam que, no acumulado do ano, a produção de petróleo no estado recuou -10,9%, enquanto a de gás natural apresentou queda de -22,5%. Adicionalmente, conforme o relatório trimestral da VALE, a produção de pelotas registrou decréscimo de -23,3%, impactando de forma significativa o desempenho do segmento extrativo.