O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo manteve o crescimento no segundo trimestre deste ano. O aumento de +0,4%, em relação ao trimestre imediatamente anterior, e, de +7,9%, no acumulado do ano, indicam que a economia capixaba vem se recuperando bem frente às perdas impostas pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). O resultado foi divulgado na tarde desta quarta-feira (15), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
De acordo com o levantamento, a atividade econômica capixaba avançou em todas as bases de comparação, superando o desempenho nacional em todas elas. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento chegou a +15,1%, contra +12,4% do Brasil, e, +2,6% contra +1,8%, no acumulado dos últimos quatro trimestres. No acumulado do ano e no trimestre imediatamente anterior, o País registrou +6,4 e -0,1%, respectivamente.
Em valores correntes, o PIB nominal capixaba chegou a R$ 40 bilhões no segundo trimestre de 2021, frente aos R$ 36,1 bilhões no trimestre imediatamente anterior. É o maior valor já registrado para um único trimestre. No acumulado em quatro trimestres, o montante alcançou R$ 148,1 bilhões, maior patamar da série histórica.
“Temos boas notícias a celebrar. São sinais claros de reativação da economia capixaba, com bom desempenho em diversos setores e geração de empregos formais. Mas é preciso observar alguns sinais de alerta. No Brasil, a alta da inflação e o risco de racionamento energético. Já no cenário internacional, é a possibilidade de encolhimento na demanda por commodities e do fluxo de capitais pelos países ricos, que podem causar impactos negativos no futuro”, apontou o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Daniel Cerqueira.
O diretor de Integração do IJSN, Pablo Lira, destacou a contribuição do trabalho da gestão de risco da pandemia, coordenado de forma integrada pelo Governo do Espírito Santo, junto às instituições capixabas, para a retomada da economia do Estado.
“Grande parte desse crescimento se deve às medidas implantadas pelo Governo Estadual, bem como o avanço da vacinação. O Espírito Santo está reduzindo o desemprego e aumentando o saldo de empregos formais. Com isso, podemos dizer que o Estado tende a crescer mais do que o Brasil em 2021”, explicou Pablo Lira.
Para o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antonio Freislebem, já é possível dizer que o Espírito Santo recuperou as perdas econômicas causadas pela pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). “É importante lembrar que continuamos crescendo. Se olharmos a economia capixaba hoje, já nos encontramos no mesmo nível de antes da pandemia, dado esse movimento de recuperação. É verdade que ainda temos um caminho a percorrer para atingir níveis mais elevados já alcançados anteriormente”, destacou Freislebem.
Resultados
Segundo o Instituto Jones dos Santos Neves, no acumulado do ano, comparado ao mesmo período de 2020, a expansão do nível da atividade econômica do Estado é explicada pela combinação das altas no Comércio Varejista Ampliado (+23,3%), Indústria (+11,3%) e Serviços (+7,1%).
A contribuição positiva do Comércio Varejista Ampliado foi influenciada pelo crescimento no Varejo Restrito (+10,4%) e em Veículos, motocicletas, partes e peças (+41,3%). Na Indústria, o aumento foi puxado pela Indústria de Transformação, que avançou +29,5%, enquanto a Indústria Extrativa declinou (14,1%). Já nos Serviços, a alta foi influenciada pela expansão de todos os segmentos, em particular, de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que avançou +10,5%.
Na Agricultura, quando se compara a previsão de safra de 2021 com a produção de 2020, é esperada expansão nas safras de Café Conilon (+10,0%), Pimenta-do-reino (+4,7%) e Cacau (+2,0%); e estabilidade nas safras de Banana (0,0%) e de Mamão (0,0%). Já para a produção de Café Arábica (-29,0%), Cana-de-açúcar (-2,5%), Coco (-2,4%), Tomate (-1,6%) e Abacaxi (-0,6%), a previsão é de queda.
Panorama Econômico
Na apresentação do PIB trimestral, foi lançado também o Panorama Econômico do Espírito Santo, referente ao segundo trimestre de 2021. A publicação traz, de forma detalhada, os desempenhos setoriais registrados pelos setores de Indústria, Comércio e Serviços, além de dados do Comércio Exterior, Inflação e Mercado de Trabalho no Estado.
Além do bom desempenho dos setores de Indústria, Comércio e Serviços, merecem destaque o Comércio Exterior, com forte aumento das exportações, e o Mercado de Trabalho, que acumula, no ano, saldo de quase 30 mil novos postos com carteira assinada.
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