A economia do Espírito Santo cresceu +6,0% em 2021, recuperando a queda de -4,4% registrada em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. O resultado foi o maior desde 2011. Os dados foram apresentados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em coletiva realizada nesta sexta-feira (17).
O bom desempenho deixou o Espírito Santo acima da média nacional, que foi de +4,8%. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado se destacou ainda na análise regional, ficando em primeiro lugar no Sudeste, à frente de Minas Gerais (+5,8%), São Paulo (+4,6%) e Rio de Janeiro (+4,4%).
Os setores que mais contribuíram com esse avanço foram Indústria e Serviços, que registraram taxas de crescimento de +4,2% e +5,5% respectivamente. Já a Agropecuária permaneceu estável (0,0%).
“O Espírito Santo apresentou o nono maior crescimento da economia no Brasil e foi o Estado que mais cresceu no Sudeste, ficando à frente de estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Além dos resultados gerais, chama a atenção no estudo que a indústria apresentou o segundo maior peso na própria economia, representando próximo de 38% da economia capixaba, contribuindo também para o avanço em nível nacional”, explicou o diretor-presidente do Instituto Jones, Pablo Lira.
Em valores correntes, o PIB do Espírito Santo chegou à cifra de R$ 186,3 bilhões, com um acréscimo nominal de R$ 47,9 bilhões em relação ao ano anterior. Isso resultou em um aumento no ganho de participação no PIB brasileiro, chegando a 2,1% em 2021 contra 1,8% em 2020.
Quanto ao PIB per capita, o Espírito Santo avançou de R$ 34.066 registrados em 2020 para R$ 45.354 em 2021. O resultado ficou acima da média nacional (R$ 42.248) e é equivalente a um aumento real de +4,8% no período. Com esse número, o Estado se manteve na 9ª posição no PIB per capita, posição ocupada nos três anos anteriores.
Desempenho setorial
A expansão do PIB capixaba em 2021 foi impulsionada pelos setores de Serviços e Indústria, enquanto a Agropecuária permaneceu estável.
Segundo o estudo apresentado pelo Instituto Jones, a retomada das atividades presenciais explica o crescimento do setor de Serviços, que avançou +5,5%. As atividades que apresentaram as maiores taxas de crescimento foram: Comércio e reparação de veículos (+11,1%), Educação e saúde privadas (+10,4%), Alojamento e alimentação (+9,6%) e Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços (+9,6%).
Já na Indústria, que avançou +4,2%, os destaques foram a Indústrias de transformação (+15,1%) e de Construção (+13,1%). As Indústrias extrativas (-10,1%), atividade em que o Espírito Santo tem relevância nacional, teve queda influenciada pela redução na extração de petróleo e gás e na pelotização de minério de ferro.
“Setorialmente, o crescimento do PIB do nosso Estado foi proporcionado pelos setores de Indústria, puxado pela indústria de transformação, e de Serviços. Nesse sentido, vemos um destaque para a indústria de transformação, que apresentou uma variação bem significativa em termos de volume e preço na nossa economia”, detalhou o diretor de Integração do IJSN, Antonio Ricardo Freislebem da Rocha.
Na Agropecuária, o resultado combinou os acréscimos de +0,5% em Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita e +2,5% em Produção florestal, pesca e aquicultura, com a retração de -1,3% em Pecuária, inclusive apoio à pecuária.
Cálculo do PIB Estadual
O Produto Interno Bruto dos estados é calculado por meio do Sistema de Contas Regionais, programa de trabalho coordenado pelo IBGE, cuja construção e desenvolvimento é realizado em parceria com os órgãos estaduais de Estatística, as secretarias estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O Instituto Jones dos Santos Neves é o representante oficial do Estado do Espírito Santo no cálculo do indicador.
O Sistema de Contas Regionais estima o PIB pelas óticas da produção e da renda, com metodologia uniforme, por Unidades da Federação, e integrada ao Sistema de Contas Nacionais (SCN) do IBGE.
O documento “Produto Interno Bruto (PIB) – Espírito Santo 2021” pode ser acessado na íntegra em: https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/cadernos/pib-estadual.
Texto: Stefhani Paiva e Eduardo Rabello
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