O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) publicou, nessa terça-feira (19), um estudo que apresenta os impactos da Covid-19 sobre os alunos da Rede Estadual de Ensino do Espírito Santo. A pesquisa faz parte do projeto Estudos Educacionais, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDU) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (FAPES). O documento servirá de subsídio aos gestores públicos, contribuindo para a tomada de decisões e também na proposição, aperfeiçoamento e reformulação de políticas públicas educacionais no Estado.
No mundo todo, estima-se que cerca de 1,4 bilhão de estudantes em diversas faixas etárias e níveis de ensino tenham sido afetados pelas medidas sanitárias e administrativas adotadas para mitigação do contágio do novo coronavírus. No Espírito Santo, somente na Educação Básica, quase 245 mil estudantes matriculados nas 429 escolas da rede estadual de ensino foram diretamente afetados pelas mudanças ocorridas no ano de 2020.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Estudos Educacionais do Instituto Jones, Kiara de Deus Demura, o estudo busca fornecer informações qualificadas aos gestores da área da educação para ajudar na melhor avaliação dos impactos da pandemia em seus diversos aspectos e na adoção de medidas que atenuem seus efeitos.
“A pesquisa vem apresentar um panorama descritivo dos indicadores de abandono e aprendizagem no contexto da rede estadual de Educação Básica no Estado do Espírito Santo, bem como a contextualização das intervenções e medidas realizadas pelo poder público com vistas a mitigação dos efeitos nocivos da pandemia até então”, explicou a coordenadora.
Para realizar o levantamento, os pesquisadores utilizaram dados administrativos da Secretaria Estadual da Educação e também dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do Censo Escolar, disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Além disso, foram utilizados dados sobre a aprendizagem, levantados pela “Avaliação Diagnóstica dos alunos da rede estadual”, realizada pela SEDU em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
O estudo alerta para a identificação dos impactos potenciais no que se refere ao aprendizado. Entre eles estão o aprendizado que não ocorre no período de fechamento da escola; o aprendizado que é perdido em virtude do esquecimento; e a perda de futuros ganhos de aprendizagem, devido ao patamar reduzido pelo evento crítico de perda educacional em que se encontram muitos dos estudantes.
Conforme os indicadores, as taxas de abandono escolar no Espírito Santo para o Ensino Fundamental II e Ensino Médio da rede estadual vinham caindo desde 2012, quando estavam, respectivamente, em 3,3% e 8,6%. Esses números chegaram a 0,9% e 2,3% em 2019, os menores registrados na série histórica. No ano de 2020, com a pandemia, os indicadores tiveram leve aumento, chegando a 1,3% no Ensino Fundamental II e 2,5% no Ensino Médio.
tx abandono
“No momento em que a suspensão das atividades educacionais foi decretada, o Governo do Estado passou a guiar ações coordenadas também na área da educação. Foi criada a Sala de Situação de Emergência Local, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação (SEDU), para realizar o monitoramento e o planejamento das ações a serem executadas pelas unidades escolares e administrativas diante da pandemia”, argumentou o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira.
Entre outras ações, a SEDU implantou também, em abril de 2020, o Programa EscoLAR, com o intuito de manter as atividades educativas na rede estadual por meio do Regime Emergencial de Aulas Não Presenciais.
Para acessar o relatório “Estudos Educacionais: Impactos da Covid-19 sobre os alunos da Rede Estadual de Ensino”, clique aqui.
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