O Espírito Santo obteve um forte crescimento econômico no quarto trimestre de 2010. O fortalecimento da economia capixaba deve-se, principalmente, ao aumento do valor de exportações. Esses foram os dados divulgados nesta quarta-feira (06), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), durante a apresentação do “Panorama Econômico do Espírito Santo”, referente ao 4º trimestre de 2010.
O comércio exterior do Espírito Santo atingiu um nível recorde de exportações (US$ 3,82 bilhões) ao longo do 4º trimestre de 2010, obtendo um crescimento de +15,23%. Já as importações fecharam o quarto trimestre de 2010 com um declínio de -5,43% em relação ao trimestre anterior, contrastando com o resultado apresentado durante o terceiro trimestre (+21,50%). Com esses resultados, o saldo comercial capixaba, representado pelo valor de exportações menos o número de importações, atingiu o maior nível de sua história, com um montante de US$ 1,75 bilhões.
De acordo com a pesquisa divulgada pelo IJSN, o crescimento das exportações foi impulsionado pelo desempenho dos setores de extração de minerais metálicos (+15,23%), metalurgia (+54,27%) e fabricação de celulose (+40,37%), que juntos representaram quase 85% do total de exportações. Vale destacar a importância do setor de Petróleo e Gás para as exportações locais e do aumento nas exportações de minério de ferro no 4º trimestre (40% de participação no total de exportações), em que a China tornou-se o principal país comprador desse produto, embora tenha ficado atrás dos Estados Unidos no acumulado do ano.
A produção industrial capixaba apresentou um dos melhores desempenhos em relação aos demais Estados brasileiros no caso de comparações acumuladas (taxa de +22,31% no acumulado do ano). Apesar disso, houve uma estabilização da indústria local (+0,46%). Quanto à produtividade industrial, ocorreu um aumento de +1,53% da produtividade estadual em consequência da estabilidade da produção industrial associada à diminuição do número de horas pagas na indústria (-1,05%).
O mercado de trabalho sofreu uma contração tanto no emprego formal (-1.464 postos de trabalho), quanto no emprego industrial, que apresentou redução de -1,05% no índice de horas pagas e de -1,03% no índice de pessoal ocupado. Entretanto, na comparação com o quarto trimestre de 2009, observou-se um aumento de +5,49% na geração de emprego, ancorado tanto na indústria extrativa (+8,63%), quanto na indústria de transformação (+5,42%). Entre os segmentos, o maior crescimento foi verificado na construção civil (+8,23%) e serviços (+6,18%), com queda observada apenas na agropecuária (-1,13%).
Houve uma elevação de preços de produtos nos âmbitos estadual e nacional. Destaca-se o aumento de preço de produtos básicos e semimanufaturados. Os componentes da cesta básica também sofreram um aumento, como a carne (+22,87%) e o feijão (+33,60%).
Para a diretora-presidente do IJSN, Ana Paula Vescovi, “estima-se que, em 2011, haverá um menor crescimento econômico mundial devido aos conflitos políticos ocorridos em países árabes e ao desastre natural no Japão. No Brasil, haverá um processo de desaceleração da economia, que resultará em um crescimento de aproximadamente 4,5 %, em comparação com o crescimento de 7,5% registrado no ano anterior, devido ao aperto monetário no qual o país se encontra e que resulta na contenção do crescimento. Entretanto, é preciso promover os ajustes necessários para permitir um maior crescimento a médio e longo prazo.”
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Texto: Maíra Mendonça Cabral