Com o avanço de +0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2021, a economia capixaba encerrou o ano apresentando ótimo desempenho, com crescimento acumulado de +6,7% no período, quando comparado ao ano de 2020. O resultado ficou acima do apresentado pelo Brasil, que foi de +4,6%. Os dados foram divulgados na tarde desta quinta-feira (17), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).
De acordo com o levantamento, a atividade econômica estadual avançou nas quatro bases de comparação temporal, ficando acima do Brasil em todas elas. Na comparação dos últimos quatro trimestres, com o mesmo período do ano anterior, a expansão registrada foi de +6,7% no Espírito Santo contra +4,6% do Brasil. Quando comparados o terceiro trimestre com o mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de +3,5% no Estado, a quinta alta consecutiva, contra +1,6% da média nacional. No comparativo do atual trimestre com o trimestre imediatamente anterior, a economia capixaba avançou +0,6% contra +0,5% do País.
Os bons números são reflexos da combinação das expansões obtidas ao longo do ano pelo Comércio Varejista Ampliado, com +13,6%; Serviços, com o avanço de +10,0%; e Indústria geral, com crescimento de +4,9%. Em valores correntes, o PIB nominal capixaba alcançou a cifra de R$ 39,9 bilhões no quarto trimestre de 2021, o maior já registrado em um único trimestre pelo Estado. No acumulado de quatro trimestres, o montante chega a R$ 151,7 bilhões, maior patamar da série histórica.
Para o diretor de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, o ano de 2020 trouxe muitos desafios, em especial com o surgimento da pandemia da Covid-19. Segundo ele, com a gestão equilibrada da pandemia pelo Governo do Estado, aliado aos avanços da vacinação e ao ambiente de negócios favorável, foi possível colher os bons resultados.
“Já vínhamos acompanhando os números ao longo do ano e o Espírito Santo apresentava todas as condições de oferecer resultados superiores à média nacional. Felizmente as previsões de alta se concretizaram. O Estado se destacou no controle da pandemia com base em evidências científicas. Passarmos por quatro ondas de expansão sem colapsar, garantindo atendimento digno à população. Essa segurança na gestão de riscos nos investimentos públicos e o bom ambiente de negócios permitiram a retomada do crescimento com a preservação de vidas”, pontuou Pablo Lira.
“Do lado do comércio, o auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal e pelo Governo Estadual ajudou a complementar a renda das famílias mais necessitadas. Esse movimento potencializou o desempenho do setor varejista. Mas a grande preocupação agora é com a alta da inflação, que pode, justamente, tirar o poder de compra dessas famílias”, destacou o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antonio Ricardo Freislebem da Rocha .
Em relação à guerra na Ucrânia, o coordenador alerta para os reflexos que o conflito pode causar à economia capixaba, em especial, na exportação de commodities como minério de ferro para outros parceiros econômicos.
“Temos uma vocação forte para o comércio exterior, com grandes plantas industriais presentes aqui no Estado. Nesse sentido, a economia capixaba sente os reflexos do mercado mundial. Mesmo com uma relação não muito intensa com os países envolvidos diretamente nos conflitos, hoje vivemos uma economia globalizada e podemos ser afetados indiretamente”, explicou Antonio Freislebem.
Resultados
De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves, no acumulado do ano, a expansão de +6,7% no nível de atividade econômica estadual é explicada pela combinação das altas no Comercio varejista ampliado (+13,6%), Serviços (+10,0%) e Indústria geral (+4,9%). A contribuição positiva do Comércio varejista ampliado foi influenciada pelo crescimento no Varejo restrito (+6,8%) e em Veículos, motocicletas, partes e peças (+25,2%). Na Indústria, o aumento foi puxado pela Indústria de Transformação, que avançou +15,2%, enquanto a Indústria Extrativa declinou -11,5%. Já nos Serviços, a alta foi influenciada pela expansão de todos os segmentos, com acréscimos de +23,8% em Serviços prestados às famílias e crescimento de +13,0% em Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.
Na Agricultura, quando se compara a previsão de safra de 2021 com a produção de 2020, se espera queda em seis e expansão em quatro dos dez principais produtos agrícolas. Os maiores avanços foram na produção de Café Conilon (+20,6%) e Pimenta-do-Reino (+6,6%), seguidos por Cacau (+1,8%) e Mamão (+0,2%). Por outro lado, se destacaram negativamente as lavouras de Café Arábica (-29,8%), devido à bienalidade da lavoura, Cana-de-açúcar (-2,4%), Coco (-1,9%), Tomate (-1,3%), Banana (-0,8%) e Abacaxi (-0,6%).
Panorama Econômico
Na apresentação do PIB trimestral, foi lançado também o Panorama Econômico do Espírito Santo, referente ao quarto trimestre de 2021. A publicação traz, de forma detalhada, os desempenhos setoriais registrados pelos setores de Indústria, Comércio e Serviços, além de dados do Comércio Exterior, Inflação e Mercado de Trabalho do Estado.
Além do bom desempenho dos setores de Indústria, Comércio e Serviços, merece destaque o Comércio Exterior, com forte aumento das exportações. No ano de 2021, o crescimento chegou a +97,07%, movimentando US$ 9,8 bilhões. As importações também tiveram alta de +29,10%, com movimentação de US$ 6,5 bilhões no período. Em relação ao Mercado de Trabalho, o estoque de emprego formal chegou a 773.802 postos, produzindo um saldo recorde de +52.621 novos vínculos com carteira assinada no acumulado no ano.
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