Governo do Estado do Espírito Santo
29/04/2015 17h57 - Atualizado em 23/03/2023 16h35

Síntese de Indicadores Sociais do ES

Já é possível acessar no site do Instituto Jones dos Santos Neves a íntegra da Síntese de Indicadores Sociais do Espírito Santo se encontra na 5ª edição e pretende evidenciar a evolução socioeconômica capixaba no período de 2001 a 2013 comparativamente aos resultados observados no Brasil e na região Sudeste. Os temas abordados são: Demografia, Domicílios, Distribuição de Renda e Classes Econômicas, Educação, Mercado de Trabalho, Arranjos Familiares, Saúde e, nesta edição, um novo tema “Mobilidade” foi inserido, dada sua relevância no cotidiano das cidades. A base de dados utilizada foi a PNAD/IBGE e complementarmente DATASUS e DENATRAN.


 


Os indicadores de Demografia (PNAD/IBGE) mostram que os habitantes no Espírito Santo totalizaram 3,85 milhões de pessoas em 2013, das quais 50,9% eram mulheres e 49,1% homens. Seguindo a tendência brasileira, a população espíritossantense exibiu nos últimos anos uma desaceleração no seu ritmo de crescimento. Em 2013, comparativamente a 2012, a taxa de crescimento populacional capixaba foi de 1,2%. A estrutura etária da população no estado vem passando por mudanças em decorrência do perfil mais envelhecido da população, resultado da redução do segmento de jovens (0 a 14 anos de idade) e o aumento de idosos (60 anos ou mais de idade). Em 2001 a cada 100 jovens existiam pouco mais de 26 idosos. Em 2013 essa relação mais que dobrou para 59,5 idosos a cada 100 jovens.  Destaca-se a queda da parcela da população economicamente dependente, consequência da redução do peso dos jovens na população. Em 2001 a razão de dependência no estado era de 59,5 pessoas em idade inativa (0 a 14 anos e acima de 60 anos) para cada 100 em idade ativa (de 15 a 59 anos). Em 2013 essa relação passou para, aproximadamente, 52 pessoas em idade inativa a cada 100 em idade ativa.


Os indicadores de Domicílios (PNAD/IBGE) mostram que entre 2001 e 2013, o número de domicílios particulares permanentes aumentou mais acentuadamente no Espirito Santo (44,6%), se comparado ao crescimento no Brasil (37,3%) e na região Sudeste (31,1%). No Espírito Santo isso significou o acréscimo de +404.399 domicílios. Os dados mostram também aumento expressivo em relação à posse de computador, que aumentou 3,4 p.p. entre 2012 e 2013, alcançando 52,1% dos domicílios em 2013, e de computador com internet, que aumentou 1,8 p.p. no mesmo período e atingiu 45,7% dos domicílios em 2013.


 


Os indicadores de Distribuição de Renda e Classes Econômicas (PNAD/IBGE) mostram que entre 2001 e 2013, o Espírito Santo apresentou tendência de crescimento da renda, queda da desigualdade (0,490 em 2013) e, consequentes reduções nas taxas de pobreza e extrema pobreza. Em 2013 o Espírito Santo apresenta uma proporção de pobres de 9,4%, enquanto que a proporção de pobres no Brasil chega a 17,0%. Entre 2001 e 2013 a redução da pobreza no estado alcançou 71,3% e no Brasil, 56,1%. Em relação a taxa de extrema pobreza o estado em 2013 apresentou uma proporção de 3,5%, próximo à metade da média nacional (6,0%). No período 2001-2013 apresentou redução de 70,8% contra 65,7% do Brasil. Apesar da redução no período, entre 2012 e 2013 houve elevação das taxas de pobreza e extrema pobreza.


 


Os indicadores de Educação (PNAD/IBGE) mostram que a escolaridade média das pessoas de 25 anos ou mais no Espírito Santo aumentou de 6,0 anos de estudo, em 2001, para 7,7 anos de estudo, em 2013. Em termos comparativos, observou-se que a escolaridade média para o Espírito Santo foi igual à média brasileira, porém inferior à média da região Sudeste. Em 2013, ao se comparar a média de escolaridade entre homens e mulheres no Espírito Santo, verificou-se que a média das mulheres (7,8) foi sempre superior à dos homens (7,6). A taxa de analfabetismo (15 anos ou mais de idade), que era de 11,5% em 2001 passou para 6,6% em 2013, ou seja, em onze anos reduziu em aproximadamente 42,5%. No período 2001-2013, esta taxa também apresentou tendência decrescente para o Espírito Santo, Sudeste e Brasil. No Espírito Santo, a taxa de analfabetismo funcional (15 anos ou mais de idade) passou de 24,9% em 2001 para 16% em 2013 (redução de 35,7%). Entre 2012 e 2013 houve pequena elevação: 0,7 p.p. O analfabetismo funcional no estado, em 2013, ficou 2,7 pontos percentuais acima da região Sudeste e 2,2 pontos percentuais abaixo do Brasil. Observam-se valores sempre superiores para as mulheres (exceto no ano de 2009).


 


Os indicadores de Mercado de Trabalho (PNAD/IBGE) mostram que a Taxa de Desemprego do Espírito Santo teve uma trajetória com algumas oscilações no período 2001-2013, mas manteve-se quase sempre abaixo daquelas alcançadas pelo Sudeste e pelo Brasil, chegando ao final desta série ao nível de 6,0% (2013). De 2012 para 2013 houve acréscimo de 0,6 p.p. para o estado. Neste mesmo período, as taxas de desemprego masculinas foram sempre menores que as femininas, o mesmo acontecendo com a população branca em relação a de outra cor ou raça e também com a população rural em relação a urbana. A Renda Média de todos os trabalhos do Espírito Santo teve uma trajetória próxima - e por vezes idêntica -  ao Brasil e abaixo daquelas apresentadas no Sudeste, no período de 2001-2013, alcançando nesse último ano, o valor de R$1.471,47. A informalidade também manteve a tendência de redução entre 2001-2013 e atingiu 37,5% em 2013 contra 40,7 em 2012.


 


Os indicadores de Arranjos familiares (PNAD/IBGE), apontam para uma maior diversidade de composições em relação ao modelo tradicional de família formado por casal com filhos sob chefia masculina, refletindo o que ocorre na região Sudeste e no Brasil. Esta tendência se relaciona com as transições que vêm ocorrendo no país nos âmbitos cultural, econômico, político e social. Entre 2001 e 2013, a representatividade dos chefes com parentes ou agregados, chefes sozinhos e casais sem filho no conjunto dos arranjos familiares do Espírito Santo aumentou 1,1, 5,6 e 7,9 p.p., respectivamente, enquanto que a de solteiros com 2 ou mais filhos, casais com 2 filhos e casais com 3 ou mais filhos sofreu uma redução de 2,6, 7,1 e 7,8 p.p., respectivamente. Também é significativo aumento da participação das mulheres como chefes de família. Entre 2001 e 2013, o número de mulheres chefes de família em relação ao total de chefes aumentou 12,4 p.p. Em 2013, do total de pessoas chefes de família aproximadamente 38,5% eram mulheres, valor muito próximo ao encontrado para Sudeste e Brasil. A perspectiva que se tem é que estas mudanças que foram apontadas continuem em curso, aumentando mais os arranjos compostos por pessoas solteiras sem filhos e por casais sem filhos e com até um filho, bem como os arranjos com mulheres chefes de família.


 


Os indicadores de Saúde foram elaborados com base nos dados do (SIM/DATASUS) e dados adicionais da Secretaria de Estado da Saúde (SESA-ES). Os dados revelam que a mortalidade por causas externas em 2013, assim como em 2001, se concentrou nos indivíduos do sexo masculino, não brancos e com idade entre 15 e 34 anos. Entretanto, o número de mortes de mulheres por causas externas aumentou em (4,2p.p.) no período e (2,3 p.p.) de 2010 a 2013.  No tocante a taxa de internação por causas sensíveis a atenção básica, o Espírito Santo apresentou uma redução de (10,9 p.p.) no período de 2005 a 2013. No Brasil nesse período houve redução de (13,2 p.p.) e no Sudeste de (6,7 p.p.).  Em 2013 a taxa de internação por causas sensíveis a atenção básica registrada no Espírito Santo foi (12,9%), número inferior ao do Brasil (17,3%) e superior ao Sudeste (5,5%). 


 


Os indicadores de Mobilidade (PNAD/IBGE) destacam o crescimento acentuado da frota de veículos, tendência que não é exclusiva da RMGV ou do Espírito Santo, mas presente na realidade nacional. De fato, em 2013, um a cada quatro habitantes já possuem automóveis, tanto no Espírito Santo como na média nacional, taxa que dobrou desde 2001. A média do Sudeste é ainda mais impressionante, com um carro para cada três habitantes. Outra tendência importante observada foi o aumento no tempo de deslocamento da população urbana ao trabalho. De 2001 a 2013, os deslocamentos até 30 minutos caíram 8,56 pontos percentuais, ao passo que os deslocamentos entre 30 minutos e uma hora aumentaram 9,30 pontos percentuais. Os deslocamentos mais longos, entre uma e duas horas e acima de duas horas, permaneceram estáveis.


A Síntese pode ser acessada aqui.


 


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