Servidores do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) participaram do seminário “Mulheres na Ciência”, realizado na tarde da última quarta-feira (08), no auditório da instituição, em Vitória. O encontro fez parte da programação do Dia Internacional das Mulheres e foi conduzido pela pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Universidade de Vila Velha (UVV), Denise Endringer.
Presentes ao evento estavam a diretora de Integração e Projetos Especiais, Latussa Laranja; a diretora de Gestão Administrativa, Katia Cesconeto; o diretor de Estudos e Pesquisas, Pablo Jabor; e o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira. Eles realizaram uma saudação especial às servidoras e agradeceram a disponibilidade da pró-reitora em atender o convite.
Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Denise Endringer apresentou estudos ligados ao uso de plantas medicinais e de fitoterápicos com base científica no campo da quimio prevenção de doenças. Ela parabenizou ainda o Instituto Jones como exemplo de equidade de gênero, destacando a presença feminina nos cargos de liderança.
publico “Poucos institutos de pesquisa são tão preocupados com equidade de gênero como o Instituto Jones dos Santos Neves. A gente sabe do equilíbrio existente em sua diretoria, o que muitas vezes não é observado em outros setores, até do ponto de vista privado. Isso também passa por uma questão cultural de enxergarmos a mulher em sua potencialidade”, disse Denise Endringer.
Em sua fala, a pesquisadora também celebrou as conquistas das mulheres no campo científico e a importância de se empoderar cada vez mais jovens e meninas para seguirem neste caminho.
“Nós temos um grande desafio que é a entrada das mulheres na ciência. Além do gargalo de não conseguirem chegar à plenitude de sua contribuição para a ciência como pesquisadora sênior ou pesquisadora nível 1A, existe o fato delas muitas vezes nem entrarem nos sistemas de pesquisa, pois são impedidas por diversos fatores”, explicou a pesquisadora.
Ela reforçou a necessidade de se aprofundar a pesquisa dos motivos que levam muitas mulheres a não seguirem o campo da pesquisa após a conclusão do curso superior. “Imagino que a gente também precise pesquisar qual o destino dessas mulheres quando terminam uma graduação. Se elas são a maioria, por que não continuam fazendo pesquisa considerando toda a criatividade, toda a resiliência das mulheres na ciência?”, indagou.
A pesquisadora destacou ainda a importância de se ampliar a expressão ‘empoderamento’. Segundo ela, “empoderamento é uma palavra muito forte, mas que passa por uma questão de autoconhecimento, de gestão, de se conhecer e de se posicionar”, e completou que “o estudo do desenvolvimento pessoal é negligenciado nas mulheres”.
Diretoras “As mulheres muitas vezes querem imitar aquele sistema em que ela está. Só que ela não tem o mesmo poder. A mulher tem uma outra forma de fazer gestão. Tem uma forma de ouvir, de agir peculiar. A todo tempo as mulheres são pressionadas a cumprir um padrão, desde o ponto de vista estético até mesmo do que ela tem que fazer. Por isso, a mulher precisa se conhecer, ter coragem e não se preocupar demais com o que vão falar, porque vão falar”, pontuou Denise Endringer.
No Instituto Jones dos Santos Neves, a distribuição dos servidores é equilibrada entre os gêneros, com 50% de participação feminina nos mais diversos setores. Entre os cargos de liderança, elas são a maioria entre as funções de coordenação e a metade entre as funções diretivas do órgão.
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