09/07/2021 17h41 - Atualizado em 20/03/2023 16h41

Projeto DRS conclui etapa de diagnóstico das microrregiões do Estado

O projeto Desenvolvimento Regional Sustentável do Espírito Santo (DRS-ES) concluiu, nessa quarta-feira (07), a série de reuniões de diagnóstico referentes às nove microrregiões do Estado que farão parte do Plano DRS-ES. A proposta visa a promover o crescimento descentralizado no território capixaba. O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) coordenou os trabalhos.


As reuniões tiveram início no dia 29 de junho e contaram com os Conselhos DRS, que reúnem representantes de diversos setores nas esferas pública, acadêmica, empresarial e também da sociedade civil organizada de cada microrregião envolvida. A Região Metropolitana da Grande Vitória já conta com um Conselho Metropolitano de Desenvolvimento, por isso, não faz parte do projeto.


A etapa de diagnóstico busca apresentar apontamentos dos principais desafios e potencialidades das microrregiões capixabas, identificando as vocações locais para o desenvolvimento sustentável de cada uma delas e os impactos que devem ser considerados. São informações das áreas social, ambiental, econômica, territorial e de gestão pública.


“O foco do DRS é a descentralização do crescimento. Estamos discutindo as questões regionais, visando a reduzir as desigualdades, de forma a distribuir os benefícios do desenvolvimento por todo o território capixaba. O diagnóstico DRS é o ponto de partida para atingirmos este objetivo”, pontuou a diretora de Estudos e Pesquisa do IJSN e coordenadora geral do projeto DRS, Latussa Laranja.


A condução dos trabalhos contou com a participação de professores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). A etapa envolveu ainda alunos, pesquisadores e membros das comunidades locais, que contribuíram para a captação das potencialidades, dos desafios e das demandas da região. A ação permitiu ainda fomentar a pesquisa no interior do Estado, estabelecendo intercâmbio de informações junto à rede de pesquisa e de experiências aplicadas ao desenvolvimento regional.


O subsecretário de Estado de Integração e Desenvolvimento Regional, Paulo Meneguelli, destacou o resultado apresentado, bem como a importância do documento na elaboração de políticas públicas por parte dos gestores.


“O diagnóstico elaborado pelos professores do Ifes e da Ufes, sob a coordenação do IJSN, referente às microrregiões do Estado, abordou informações extremamente relevantes sobre os panoramas territoriais. Ele traz constatações de potencialidades e indicadores, além de sinalização das problemáticas regionais que poderão nortear os gestores e representantes de Estado na implantação das estratégias para o desenvolvimento regional sustentável”, apontou Meneguelli.


Para o professor do Ifes, Leonardo Bis dos Santos, que atuou como coordenador regional do diagnóstico, a participação de agentes públicos e de empresários de vários segmentos nas reuniões dos Conselhos de Desenvolvimento Regional Sustentável demonstra a relevância do debate. Ele falou ainda da importância de a construção do plano ser feita com base em dados científicos.


“É fundamental ressaltar que a maior parte dos desafios enfrentados nas regiões necessita de estratégias que extrapolam os municípios, como a questão dos recursos hídricos, fluxos econômicos e estratégias de enfrentamento de problemas na saúde. Promover o debate com base em dados científicos, com representantes da sociedade civil e representantes políticos, favorece o enfrentamento dos problemas sociais em sua complexidade”, explicou Leonardo Bis.


O professor da Ufes, Ednilson Silva Felipe, também coordenador regional do diagnóstico, destacou o diálogo entre as instituições e a sociedade organizada. Segundo ele, as conversas permitiram ampliar a compreensão sobre cada território e suas necessidades, permitindo ainda um grande aprendizado para os pesquisadores.


“As conversas foram enriquecedoras, porque os conselhos passaram a entender a importância do planejamento, do debate sobre as políticas públicas e do olhar para os desafios e potencialidades pela ótica regional e não só dos municípios. São pessoas que vivem nas microrregiões e puderam nos dizer exatamente como as estradas, a educação, a telefonia e as questões ambientais, por exemplo, refletem no dia a dia”, afirmou o professor Ednilson.


A próxima etapa da construção do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Espírito Santo é a elaboração do Plano de Ação para cada microrregião envolvida. O documento vai conter projetos, metas e responsáveis do programa, visando ao desenvolvimento de forma integrada. A previsão é que tenha início no mês de agosto e contará com a participação popular, com apresentação de propostas e sugestões.


 


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