Em junho, o índice de produtividade na indústria registrou elevação de +4,3% frente ao mês de maio, após ajuste sazonal, ancorada na expansão da produção industrial. Esses dados compõem a Resenha de Conjuntura divulgada, nesta sexta-feira (13), pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).  

O desempenho local esteve ancorado no crescimento da produtividade observado nas indústrias extrativas (+6,0%) e de transformação (+7,1%). Nesse período, a expansão na produção industrial (+4,9%) foi determinante para o resultado, tendo em vista que o número de horas pagas manteve-se próximo à estabilidade (+0,6%). Por conta desses resultados, o nível de produtividade da indústria estadual manteve-se em um patamar mais elevado do que aquele observado em nível nacional. 

 Na comparação com o mês de junho de 2009, a produtividade industrial no Espírito Santo elevou-se em +23,6%, ancorada principalmente no acréscimo de +62,5% ocorrido na Indústria Extrativa. O desempenho esteve significativamente acima da média verificada para a indústria nacional, que registrou elevação de +5,2% no índice de produtividade. O  resultado local foi decorrente da expansão na produção industrial (+35,2%) e no número de horas pagas (+9,4%), indicando elevação no produto por hora de trabalho na indústria estadual.

No fechamento do segundo trimestre de 2010, os ganhos de eficiência na indústria local subiram +21,1% em relação ao mesmo trimestre de 2009. No acumulado do ano, houve elevação de +31,2% comparativamente ao mesmo período do ano anterior, superior ao dobro da média verificada no País (+12,2%). 

Por outro lado, na análise da relação entre produtividade e salários reais, observa-se a continuidade da trajetória de crescimento mais acentuado do indicador de produtividade, com alta de +23,6% no mês de junho de 2010 ante o mesmo mês de 2009, enquanto que os salários cresceram apenas +8,7% no mesmo período.  

No segundo trimestre de 2010, comparativamente ao trimestre anterior, houve redução de -4,7% na produtividade, descontados os efeitos sazonais, ao passo que os salários se elevaram pelo segundo mês consecutivo (+8,3%), nessa base de comparação. Vale ressaltar, o comportamento do indicador de média móvel trimestral, que aponta para trajetórias divergentes no período, com queda na produtividade e elevação nos salários. 

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