10/06/2013 17h07 - Atualizado em 20/03/2023 16h00

Plano ES 2030 realiza discussão sobre Economia Verde

Olhar o meio ambiente com uma visão de futuro, superando os desafios que garantam ao Estado riqueza, emprego, renda e qualidade de vida de forma sustentável. Esses foram os pontos debatidos no Grupo Temático “Economia Verde”, realizado nesta sexta-feira (07), no Parque Botânico da Vale, em Jardim Camburi.


 


O encontro que reuniu mais de 50 participantes de entidades ambientais entre órgãos públicos estaduais, empresários, em especial membros do Comitê de Meio Ambiente do Espírito Santo em Ação, e instituições de ensino de Vitória contou com contribuições técnicas do colaborador do ES 2030, Luiz Paulo Vellozo Lucas, e do subsecretário de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro, Marcelo Verti. 


 


Ao iniciar sua apresentação Luiz Paulo Vellozo Lucas fez questão de frisar que a Economia Verde tem de valorar o crescimento econômico priorizando o capital humano, pois o ser humano é o objetivo final de toda política. Como subsídio ao debate, foram elencadas várias ações para compor a proposta de se realizar um diagnóstico verde em todas as 10 microrregiões do Espírito Santo a partir do desenvolvimento de indicador que considere os eixos: crescimento econômico, capital ambiental e desenvolvimento humano.


 


As metas e projetos do Diagnóstico Verde poderão utilizar como fontes de trabalho o Projeto Sementes de Cidades Sustentáveis; o Zoneamento Econômico Ecológico (Planejamento Territorial); Programa de eficiência energética por microrregiões; Iluminação pública, consumo residencial e eletricidade industrial; Programa de Universalização Digital; Programa de microbacias; Programa de recuperação de solos; Programa de gestão de emissões de GEE; Programa de recuperação de Cobertura Florestal com metas por Microrregião; Mercado de Serviços Ambientais e o Projeto Empreendedor Verde.


 


Em seguida, o subsecretário estadual de Energia do Rio de Janeiro, Marcelo Verti, disse achar fundamental este planejamento a longo prazo adequado às competências do Estado. O subsecretário trouxe a experiência do Rio de Janeiro voltada para a economia verde com o projeto Rio, Capital da Energia.


 


O trabalho do Rio de Janeiro prevê a realização de 40 projetos integrados entre poder público e iniciativa privada que deverão ser implementados até o ano de 2014, orçados em R$ 1,4 bilhão. Esta experiência servirá como contribuição ao debate deste segmento no Plano ES 2030.


 


O debate foi intenso e participativo e a roda de debatedores incluiu, além dos facilitadores, Luiz Paulo Vellozo Lucas e Marcelo Verti, o professor especialista em Petróleo e Gás, Alfredo Renault, o consultor do Plano ES 2030, o assessor de Planejamento e Gestão do Espírito Santo em Ação, Orlando Caliman, e o presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), José Edil Benedito.


 


A discussão de uma economia verde sob a ótica do crescimento e do desenvolvimento econômico foi considerada uma abordagem interessante por pessoas da área do meio ambiente.


“Achei excelente esta abordagem. Nunca tinha visto ser apresentada dessa forma no Espírito Santo, principalmente por um economista. É importante encontrar um ponto de equilíbrio entre preservar e desenvolver rompendo barreiras dos cartórios ambientais e a burocracia que entrava uma proposta mais ágil e eficiente de desenvolvimento sustentável”, disse Almir Bressan, biólogo, consultor da área ambiental e diretor da TV Ambiental.


 


O professor da Universidade Federal do Espírito Santo, Haroldo Correa, ressaltou que o diferencial do Espírito em relação aos outros estados do país é ter um olhar duas décadas à frente. Para ele esse tipo de planejamento é fundamental no aproveitamento das oportunidades que vão surgir até 2030.


 


“Aqui no Estado, a economia sustentável do desenvolvimento já está incorporada ao discurso, à legislação e já existem ações nesta área dos setores público e privado. Mas ainda temos muito chão para percorrer. Falta uma prática transversal na área econômica como um farol ambiental na promoção do desenvolvimento com investimentos sustentáveis”. 


Para o professor a economia verde é o caminho, é a janela de oportunidades, para se planejar e investir na mudança deste modelo econômico já desgastado.


Na opinião do ambientalista Luiz Som, do Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica (Ipema), é importante fazer este debate integrando o meio ambiente ao desenvolvimento econômico sem esquecer da valoração do capital natural.


 


“O 2030 traz visões que tentam reduzir o consumo de capital natural, o que concordo totalmente, mas faltou na proposta a visão do valor do capital natural como base de desenvolvimento desta economia, através do valor econômico no contexto do ecossistema e da biodiversidade”.


 


Ele acrescentou, ainda, que é importante trabalhar os territórios sustentáveis, respeitando as diferenças sociais e culturais, com desenvolvimento econômico permitindo a integração de outros pontos fortes.


 


“Podemos fazer tudo isso com um olhar voltado para o que existe de capital natural nos territórios, agregando valor às suas potencialidades”.


O ES 2030 é uma realização do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP), Espírito Santo em Ação e Petrobras, com o apoio técnico da consultoria DVF.


 


Participe


Por meio do endereço www.es2030.com.br/participe qualquer pessoa pode contribuir enviando sugestões, ideias, críticas e documentos que possam auxiliar na formulação do Plano. O site também permite acompanhar a agenda de trabalho do projeto, bem como a atualização de notícias.


 


O Plano


A proposta de criação do ES 2030 parte da necessidade de atualização do Plano de Desenvolvimento Espírito Santo 2025. Novos fatos surgiram desde a criação do ES 2025, em 2006. As mudanças dos contextos internacional, nacional e regional exigem uma releitura destes cenários e a formulação de novos objetivos, estratégias e metas, bem como uma nova visão de futuro.


 

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