Um estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (23), os dados do “Relatório Produto Interno Bruto (PIB) Espírito Santo 2009”, no qual o Estado está figurando como o sexto maior PIB per capita do país, registrando um montante de R$ 19.145,17 por habitante em 2009, conforme tabela abaixo.
No caso dos indicadores alternativos de nível de atividade econômica, destaca-se o decréscimo de -7,63% no PIB per capita do Espírito Santo, contra uma queda de -1,30% no mesmo indicador em nível nacional. Apesar disso, o PIB per capita estadual manteve-se acima do nacional (R$ 16.917,66).
Nos últimos cinco anos, o Espírito Santo alternou entre a quarta e quinta posições do ranking de maiores PIB per capita do País, ficando atrás de Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e, ocasionalmente, Santa Catarina. Com a retratação apresentada em 2009, o Espírito Santo foi ultrapassado pelo estado do Rio Grande do Sul, passando a ocupar, assim, a 6ª colocação.
A região Sudeste é a mais rica do Brasil, sendo responsável por mais da metade do PIB do País (56,92% em 2008 e 55,32% em 2009). Na passagem de 2008 para 2009, apenas o estado de São Paulo aumentou sua participação na economia brasileira, crescendo 0,39 ponto percentual (p.p), ao passo que o Espírito Santo passou de 2,30% do PIB brasileiro em 2008 para 2,06% em 2009. Minas Gerais, por sua vez, foi o estado que mais perdeu participação nesse período, passando de 9,32% para 8,89%.
Crise
O ano de 2009 foi um período em que os efeitos da crise internacional se intensificaram no Brasil e no Mundo. O Espírito Santo, por sua vez, é um estado que tem sua economia mais voltada ao comércio exterior, registrando um coeficiente de abertura em torno de 50%. Com isso, torna-se mais suscetível aos abalos da economia internacional. Essa característica da economia capixaba é um dos fatores que mais justifica a queda do PIB no ano de 2009.
O PIB do Espírito Santo apresentou em 2009 um padrão de contratação de -6,73% em termos reais, figurando como o Estado que mais sofreu, em termos de nível de atividade, os efeitos adversos da crise internacional.
O setor secundário foi o que mais perdeu participação na estrutura produtiva estadual, passando de 36,00% do Valor Adicionado Bruto (VAB) em 2008 para 29,77% em 2009, uma queda superior a seis p.p. Por outro lado, o setor terciário, que engloba as atividades de Comércio e Serviço, ganhou participação nesse período, sendo responsável por 63,47% do VAB em 2009. O setor primário apresentou um padrão de leve acomodação, estabilizando sua participação em torno de 6,8% do VAB em 2009.
Dentre as atividades mais importantes na economia estadual apenas a Construção Civil e Administração, Saúde e Educação Públicas não apresentaram queda em termos reais (variações de +1,23% e +4,04% respectivamente). Por outro lado, os demais setores apresentaram taxas de variação abaixo de -5,00%, o destaque foi a queda de -34,06% da Extrativa Mineral, atividade que teve sua participação reduzida pela metade, passando de 16,14% do VAB em 2008 para 8,90% em 2009.
Mesmo com a queda do PIB a preços de mercado, o Espírito Santo sustentou sua posição no ranking nacional (11º colocado) e perdeu apenas uma posição no PIB per capita, passando de 5º para o 6º colocado.
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Texto: Cristian Favaro