De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), que em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tornou público o desempenho capixaba, desde 2004 a atividade econômica local imprime um ritmo acelerado de expansão, inclusive em relação à situação brasileira.
Em 2003, o Estado apresentou o PIB de +1,5%, e em 2008, de +7,8%. Já o Brasil, em 2003, apresentava o PIB de +1,1% e, em 2008, +5,2%. A partir deste índice o crescimento da economia do Espírito Santo foi o quinto maior do País, e desde 2002 o Estado acumula o maior crescimento entre os estados do Sul e do Sudeste.
O crescimento acumulado no Estado foi de +39,7%, o que corresponde à média anual de +6,6%. No Brasil, esse crescimento foi de +27,9%, ou de +4,7% na média anual. A Região Sudeste apresentou crescimento acumulado de +27,3% e média anual de +4,5%. Com estes números, o Estado confirma um crescimento potencial elevado no longo prazo.
Liderança
Na Região Sudeste, o Espírito Santo lidera os demais estados desde 2005, em termos do percentual de crescimento real da economia, sustentando patamar acima de 7,5% nos últimos três anos. Minas Gerais apresentou em 2008 o percentual de crescimento de 5,18%; o Rio de Janeiro de 4,15%; e São Paulo, de 5,89%.
No ranking nacional, a economia capixaba saiu da 12ª colocação em 2002, para a 11ª desde 2004, e atualmente está bastante próxima da nona e da décima posições, que pertencem a Goiás e Pernambuco, respectivamente.
Já em relação ao ranking do PIB per capita, o Estado estava em oitavo lugar no País em 2003 e 2004. Saltou para a quinta posição em 2005 e 2006. Em 2008, apresentou a quinta maior renda per capita do Brasil (R$ 20.231,00), sendo superado pelo Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Com a elevação recente, a renda per capita do Espírito Santo tornou-se maior que a brasileira, se aproximando rapidamente da média da Região Sudeste (R$ 21.183,00).
Descontado o crescimento populacional (1,2% a.a.) a renda per capita capixaba registrou alta de +29,8% entre 2002 e 2008, superior à alta acumulada no Brasil, de +16,6%, e no Sudeste, +10,5%. Somente em 2008, a variação real da renda per capita no Espírito Santo foi de +4,6%.
Diferente de 2006, em que o crescimento econômico do Estado revelou-se mais homogêneo em sua distribuição setorial, em 2008 este crescimento foi fortemente influenciado pelas atividades secundárias, especialmente a Indústria Extrativa, que teve uma evolução de 22,5%.
Ancorado na expressiva elevação da produção de gás no Estado, a indústria apresentou crescimento de 22,5% em 2008, influenciada, sobretudo pela variação em volume da indústria extrativa, que ganhou 4,7 pontos percentuais de participação no valor agregado do setor industrial em relação a 2007, alcançando 44,8% em 2008. Além disso, a atividade de transformação apresentou crescimento em volume de 2,7% e a construção civil, de 10,6%.
O setor de serviços apresentou crescimento real de 5,8% em 2008. As principais contribuições em termos reais foram o setor de Comércio, que cresceu 5,1%; Serviços Prestados a Empresas, que cresceu 11,6%; e Serviços de Informação e Intermediação Financeira, que cresceram 14,0% e 18,6%, respectivamente.