A quinta Oficina Regional do Plano ES 2030, realizada, na quinta-feira (18), das 7h30 ao meio-dia, na Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim, contou com a presença de 50 representantes de diversos segmentos da sociedade civil organizada, do empresariado, e de órgãos públicos da microrregião Central-Sul.
Participaram dos debates representações dos setores empresarial e industrial da região; instituições de ensino superior; órgãos públicos estaduais de setores ligados à agricultura; Bandes; Findes; Banestes; Sebrae; Sindicato Rural; secretariado municipal das prefeituras de Vargem Alta e Cachoeiro de Itapemirim. Também contribuíram com os trabalhos da oficina o vice-prefeito e o prefeito de Apiacá acompanhados de sua equipe de governo.
Para subsidiar os trabalhos de grupo os participantes receberem informações sobre os dados demográficos, populacionais e socioeconômicos da microrregião Central-Sul que tem oito municípios e uma população de 312.305 habitantes.
Nestas informações o destaque é para Cachoeiro de Itapemirim, município mais urbano, que concentra 60% da população da região, possuindo 189.889 mil habitantes, e 70% do PIB da microrregião, seguido por Castelo e Mimoso do Sul, sendo Vargem Alta considerado o mais rural.
Em seguida, foram apresentadas as tendências e vocações da Central-Sul como uma área do Espírito Santo que tem de se preocupar em recuperar suas condições ambientais; reforçar a diversidade produtiva e adensar as cadeias produtivas existentes dentro do contexto das tendências mundiais de mercado, de tecnologia e de sustentabilidade; explorar a sua localização privilegiada; fortalecer o nível de centralidade de Cachoeiro de Itapemirim e aproveitar a logística viária de integração com a BR 101 Sul.
Nos três grupos de trabalho foram apresentados 84 projetos estruturantes para as áreas de infraestrutura, logística, meio ambiente, valorização da cultura e do turismo da microrregião, educação, saúde, empreendedorismo, preservação de recursos hídricos, agricultura familiar, pesquisa e inovação, além da criação de Conselho de Integração Regional.
Todos os participantes ressaltaram a importância de se fazer um debate de qualidade para um Plano de desenvolvimento do Estado.
“O debate é a oportunidade que a sociedade civil organizada tem de registrar suas intenções, é a forma democrática de se somar aos interesses do Governo. É um quilômetro a mais que todo cidadão deve percorrer para construir um mundo melhor, pois a sociedade só vai existir se contribuir e participar”, afirmou José Bessa Barros, presidente do Movimento Empresarial Sul do Espírito Santo (Messes).
“Hoje, vejo uma participação maior dos empresários que podem opinar e contribuir com o Plano ES 2030 que passa a ser uma coisa mais realista”, disse Daniel Arrais, que representa a empresa Rochaz, que fabrica máquinas e equipamentos para o segmento de extração de rochas, e, também, diretor da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e vice-presidente da Câmara de Petróleo e Gás do Estado.
O prefeito de Apiacá, Betinho, levou seu secretariado para a discussão e deixou claro que as propostas discutidas na Oficina Regional serão utilizadas no planejamento de sua gestão.
“O projeto é conveniente para que possamos discutir as diferenças socioeconômicas nos municípios da microrregião Central-Sul. E este Plano vai ajudar a planejar em curto, médio e longo prazo a nossa gestão municipal afinada com as ações do Governo Estadual. É muito importante participar”, salientou o prefeito Betinho.
O Plano ES 2030 é um planejamento de longo prazo para o Estado com o objetivo de definir prioridades, traçar estratégias, metas e apontar caminhos a serem percorridos por toda a coletividade, com a proposta de equilibrar social e economicamente os municípios das 10 microrregiões do Espírito Santo.
“Essa é a grande marca do governo Casagrande, ouvir a população e fazer, em conjunto, seu planejamento desde seu plano de governo, com a participação dos segmentos organizados, até as audiências públicas do Orçamento Participativo. A gente percebe que a população está participando. As pessoas sabem o que é bom para elas. Estamos conseguindo ter essa articulação, ouvir o que é sonho da população, o sonho a longo prazo, e o que ela deseja a curto prazo explicitado nas Audiências do Orçamento Participativo. Acho que o Espírito Santo é um dos poucos Estados do país que fazem um planejamento de curto, médio e longo prazo, isso é um exemplo. Por fim, com o documento do Plano ES 2030 todo consolidado, sua carteira de projetos, no caso o que cabe ao investimento público, certamente estará no Plano de Gestão de Governo de 2014 em diante”, afirmou Guilherme Pereira, diretor de Crédito e Fomento do Bandes.
O Plano ES 2030 é uma realização do Governo do Espírito Santo em conjunto com o Espírito Santo em Ação e a Petrobrás. E para o conselheiro do ES em Ação, o empresário Manoel Luiz Silva de Almeida, o cidadão não está habituado a debater, mas este Plano está revertendo esta cultural e fazendo com que as pessoas exerçam a democracia plena.
“O planejamento do Plano ES 2030 é a preocupação com o desenvolvimento para o futuro e todas as propostas estão antenadas com o mundo, com as novas tecnologias, pois nosso mercado é voltado para o mundo e, por isso, temos que estar sempre atualizados. A descentralização mantém um desenvolvimento sustentável, através do equilíbrio econômico das diversas regiões do nosso Estado”, ressaltou Manoel de Almeida.
Você também pode contribuir com o Plano de Desenvolvimento ES 2030, por meio do site http://www.es2030.com.br//participe.html. Mande seu recado ou colabore enviando um documento.