07/06/2013 11h17 - Atualizado em 21/03/2023 11h33

Oficina debate futuro da cadeia de Petróleo e Gás no Espírito Santo

Instituições políticas e privadas reuniram-se para definir estratégias e propostas para um futuro de desenvolvimento econômico e industrial no setor de óleo e gás do Estado


Apresentar o cenário internacional e nacional do setor de óleo e gás, discutir os avanços tecnológicos e criar propostas de desenvolvimento. Esses foram os objetivos da Oficina Temática “Cadeia de Petróleo e Gás”, realizada pelo Plano ES 2030, e que reuniu, na manhã desta quinta-feira (06), empresários e representantes de entidades do setor.


O evento, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), foi conduzido pelo consultor do setor petróleo e gás e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Alfredo Renault. “A decisão de se pensar a longo prazo, possibilitando planejamento e elaboração de projetos tecnicamente bem estruturados é de extrema importância para qualquer setor. Esse, em questão, tem um papel muito grande na economia do Espírito Santo. Por isso que um momento como esse significa olhar com o farol alto para o futuro”, afirmou Renault.


Durante a oficina, foram apresentados dados sobre o setor e, principalmente, sobre a contribuição dessa cadeia no desenvolvimento do Espírito Santo. Para o consultor, o Estado ser referência no petróleo no país é um caminho natural a ser seguido. Mas, para tanto, é necessária a discussão de temas como indústria naval, P&D (pesquisa e desenvolvimento), OPEX (despesas operacionais), produção onshore e utilização do gás como matéria-prima.


De acordo com o consultor, pensar no futuro é estimar um aumento na demanda mundial de petróleo e gás e levar em consideração o aumento da população e a maior participação de uma faixa da população que estava aquém desse tipo de energia. Renault explicou que 60% do investimento na indústria do Brasil é no setor de petróleo e gás e afirmou que “a relação de produção do Espírito Santo para o Brasil é de extrema importância”, uma vez que os dados mostram que, em 2002, o Estado era responsável por 2% da produção de barris de petróleo no país e, em 2012, essa participação subiu significativamente para 15%.


Além de Renault, integraram a roda de discussão o consultor do Plano ES 2030 e assessor de Planejamento e Gestão do Espírito Santo em Ação, Orlando Caliman, o presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), José Edil Benedito, o colaborador do ES 2030 e representante do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (BANDES), Luiz Paulo Velozzo Lucas, o gerente de planejamento e gestão da Petrobras, Guido Eduardo Bassoli, e a subsecretária de Desenvolvimento, Cristina Velloso Santos.


De acordo com Cristina Velloso, “a oportunidade de discutir o que está sendo feito no Estado pelas várias instituições e pensar no futuro, em como fazer esse desenvolvimento, é o que faz de debates assim tão importantes”. Segundo ela, o setor é impulsionado a pensar mais e decidir de forma conjunta o que é melhor para o futuro dessa área.


Para Guido Bassoli, o ponto fundamental da discussão é a necessidade de o Estado direcionar as entidades do setor para obter um melhor benefício para toda a sociedade. “É necessário enriquecer as potencialidades futuras e buscar alternativas de melhor aproveitamento do que já temos em mãos”, afirmou.


O pró-reitor de extensão do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) Tadeu Pissinati Sant’Anna, também participou do debate. Ele apresentou dados que mostram quais os caminhos que o Espírito Santo pode seguir para um futuro promissor no ramo de petróleo e gás que sejam benéficos a todos. “O interessante no Estado é que o cenário deste setor está muito além das expectativas criadas há alguns anos. Mas é preciso continuar avançando e entender que essa discussão não é importante apenas para entidades, governo e empresários do setor. Tudo está interligado. Toda a sociedade pode se beneficiar de avanços nesta área”, explica.


O ES 2030 é uma realização do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP), Espírito Santo em Ação e Petrobrás, com o apoio técnico da consultoria DVF.


Participe


Por meio do endereço www.es2030.com.br/participe qualquer pessoa pode contribuir enviando sugestões, ideias, críticas e documentos que possam auxiliar na formulação do Plano. O site também permite acompanhar a agenda de trabalho do projeto, bem como a atualização de notícias.


O Plano


A proposta de criação do ES 2030 parte da necessidade de atualização do Plano de Desenvolvimento Espírito Santo 2025. Novos fatos surgiram desde a criação do ES 2025, em 2006. As mudanças dos contextos internacional, nacional e regional exigem uma releitura destes cenários e a formulação de novos objetivos, estratégias e metas, bem como uma nova visão de futuro.


As novas oportunidades que se abrem para o Espírito Santo, em especial em relação ao gás e petróleo (pré-sal) e os significativos investimentos privados, criam também desafios. 

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