Um intenso e qualificado debate foi realizado durante a sexta Oficina Regional do Plano ES 2030, nesta quinta-feira (25), no auditório do Instituto Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo (Ifes), em Venda Nova do Imigrante.
O encontro reuniu 76 pessoas de vários setores da microrregião, entre eles, instituições de ensino como Ifes e Universidade Aberta do Brasil (Uab); órgãos públicos estaduais, especialmente do setor agrícola; empresariado do setor hoteleiro da região; CDL; diretores de cooperativas locais; secretariado municipal de prefeituras que compõem à microrregião.
Também participaram da sexta Oficina o vice-prefeito de Marechal Floriano, José Onofre Pereira, e o prefeito de Venda Nova do Imigrante e presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), Dalton Perin.
Nos Grupos de Trabalho 67 projetos foram definidos para serem desenvolvidos na microrregião até o ano de 2030. As propostas prioritárias são para as áreas de infraestrutura, logística, meio ambiente, educação, saúde, empreendedorismo, preservação de recursos hídricos, agricultura familiar, valorização da tradição cultural e histórica da região e integração com os municípios e estados vizinhos.
O destaque da sexta Oficina ficou por conta da preocupação dos participantes em divulgar o potencial turístico da microrregião no cenário nacional. Uma das principais propostas foi a de inserir junto à Unesco a Pedra Azul como Patrimônio da Humanidade.
Todos os participantes, em unanimidade, aprovaram a metodologia do Plano ES 2030 de dialogar com todos os segmentos da sociedade civil organizada para a construção conjunta de projetos a curto, médio e longo prazo.
“O planejamento a longo prazo é que vai dar a oportunidade de projetar tudo aquilo que se quer para o Estado. Esse debate é muito importante para internalizar nas pessoas a importância da participação na definição dos rumos que a sociedade, junto com o Governo, quer para o Espírito Santo. Esse processo de aprendizagem é fundamental, as pessoas têm que ruminar as ideias para que saiam os resultados”, afirmou o vice-prefeito de Marechal Floriano, José Onofre Pereira.
“Estou muito feliz em estar aqui participando desta oficina. Penso que a importância do debate está na riqueza de cada cabeça, e o planejamento a longo prazo utiliza sabiamente desta sabedoria individual. E é responsabilidade nossa atender ao chamamento do Governo e participar da elaboração deste Plano que vai influenciar diretamente em nossa vida, e na dos nossos filhos”, ressaltou Lilia Mello, empresário do setor hoteleiro.
Planejar é pensar o futuro dentro de uma visão de futuro que proporcionará melhor qualidade de vida para sociedade.
“Sem planejamento não se faz nada”, afirmou o diretor do Ifes, Aloísio Carnielli. Para o diretor do Instituto Tecnológico do Espírito Santo, o tempo passa muito rápido, portanto uma microrregião como essa com nascentes, cabeceiras de rios, montanhas e um custo alto para o solo urbano tem de pensar a longo prazo. “Temos de nos preparar e conscientizar
“Esse tipo de debate é pioneiro em nosso Estado. Planejar e discutir um Plano de Estado em conjunto com a sociedade é uma nova forma de governar. Toda a Oficina foi muito válida e, pela visão dos grupos e a integração dos participantes, deu para perceber que todos entenderam a necessidade e a importância deste trabalho”, disse Liliane Belisário, presidente do CDL de Brejetuba.
A microrregião Sudoeste Serrana é composta por sete municípios: Laranja da Terra, Brejetuba, venda Nova do Imigrante, Afonso Cláudio, Conceição do Castelo e Domingos Martins.
A região tem forte vocação agrícola, uma população de 132 mil habitantes, na maioria descendente de imigrantes europeus. Domingos Martins é o município mais populoso, seguido de Venda Nova do Imigrante que foi a sede da sexta Oficina Regional do Plano ES 2030.
O prefeito anfitrião do evento, Dalton Perin, frisou que um dos pontos principais da discussão do ES 2030 é a democratização do planejamento. “É importante interagir na ambiência de quem está tratando do assunto e isso traz a população para a discussão e seu apoio na execução das políticas pública. Se não tiver origem na participação popular é muito difícil para o gestor implementar suas propostas e ações”, disse o prefeito.
O ES 2030 é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Economia e Planejamento – Sep, Espírito Santo em Ação e Petrobras, com o apoio técnico da consultoria DVF.