O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) adotou um novo formato para a divulgação dos dados de comércio exterior do Espírito Santo. Antes conhecido como Resenha de Comércio Exterior, o produto agora passa a se chamar Informe – Comércio Exterior e apresenta uma proposta mais moderna, visual e interativa. A mudança, que também será aplicada as demais resenhas elaboradas pela coordenação de estudos econômicos do IJSN, busca facilitar o acesso e a compreensão das informações, ampliando o alcance do conteúdo para gestores públicos, pesquisadores, jornalistas e à sociedade em geral.

Disponível no site do IJSN, o novo Informe permite a visualização dos indicadores em painéis dinâmicos e de fácil navegação. Os usuários podem acessar gráficos e tabelas interativas que mostram variações mensais, comparativos, principais destinos e origens das mercadorias, além de outros destaques do desempenho do comércio exterior capixaba. A proposta é oferecer uma experiência mais intuitiva, que favoreça a análise e a interpretação rápida dos dados.

Com a adoção do novo formato, o IJSN reforça seu compromisso com a transparência, a inovação e a qualidade na comunicação das estatísticas públicas, aproximando os dados econômicos da sociedade e tornando mais acessível o acompanhamento do desempenho do Espírito Santo no cenário internacional.

No Informe mais recente, referente a julho de 2025, é possível observar um crescimento de +10,91% nas exportações capixabas e de +11,51% no cenário nacional. Esses e outros dados aparecem destacados nos gráficos, permitindo uma compreensão imediata da tendência e de sua magnitude. Veja a seguir a análise técnica sobre o comércio exterior elaborada pela Coordenação de Estudos Econômicos do IJSN.

Análise técnica

Embora toda a tensão no último mês devido aos anúncios das tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações do Brasil, as exportações capixabas cresceram +10,91% em julho de 2025 frente ao mês antecedente, e os Estados unidos continuaram sendo o principal destino das vendas do estado, respondendo por 23,55% do valor, mesmo com uma redução de -40,66%, frente ao mês anterior. Essa queda nas vendas para os Estados Unidos foi mais que compensada pela alta nas vendas para França, Malásia, Líbia, Japão, China, Colômbia, Turquia, México, Itália, El Salvador, Coreia do Sul, Taiwan, Vietnã, Espanha, Alemanha, e diversos outros parceiros comerciais do Estado.

Entretanto, é bom ressaltar que a queda das exportações para os Estados Unidos pode ser maior nos próximos períodos, uma vez que as tarifas entraram em vigor dia 01/08/2025 e esse resultado vai até dia 31/07/2025.

Em termos de produtos da pauta exportadora capixaba, entre junho e julho, houve contração, principalmente, nas vendas de celulose, óleos brutos de petróleo, produtos semimanufaturados de ligas de aço, pimentas e ferro fundido bruto. Essas quedas, no entanto, foram mais que compensadas, principalmente, pelo incremento nas vendas de minérios de ferro e seus concentrados, café em grãos, rochas ornamentais trabalhadas, produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado, produtos laminados de ferro ou aço não ligado e gengibre.

Quanto a corrente de comércio, em julho de 2025, houve contração de -30,55% devido a queda das importações de -47,39%, sendo -44,48 pontos percentuais só de veículos, que em junho registrou US$ 1,23 bilhões importados, segundo recorde histórico, atrás dos US$ 1,41 bilhões de junho de 2024, sendo que a média mensal de 2023 era um valor de US$ 273,31 milhões importados de veículos. Então, a forte queda das importações de veículos em julho deve-se, à base de comparação elevada registrada em junho, muito acima das médias.

Paula Rubia Simões Beiral – pesquisadora de estudos econômicos

Acesse o Informe de Comércio Exterior clicando aqui. 

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