O Jovem capixaba tem alta participação no mercado de trabalho. Esta é a informação presente na quarta edição do Caderno da Juventude, divulgado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Segundo a publicação, em 2014, o total de jovens no Espírito Santo foi de 905,7 mil pessoas, representando quase um terço da população de todo o Estado. Deste total, 72,3% participaram do mercado de trabalho, seja buscando uma ocupação ou já ocupado, resultado expressivo e superior à média nacional.
Segundo o estudo, seis a cada dez jovens encontravam-se ocupados, somando 566,5 mil pessoas. Este resultado mostra que absorção desta faixa etária pelo mercado de trabalho do Espírito Santo é mais alta do que a do Brasil e do Sudeste. No entanto, esta inserção ocorre de forma diferenciada entre os diversos grupos de jovens analisados no estudo. Jovens com baixa escolaridade e pertencentes aos domicílios 20% mais pobres, ocupavam, em sua maioria, postos de trabalho informais e de baixa remuneração, revelando maior dificuldade de inserção ocupacional.
Os jovens que buscaram uma ocupação, mas não encontraram, somaram 88,1 mil, o correspondente a 13,5% dos jovens que estavam no mercado de trabalho. Essa taxa é superior à da população “não jovem” e reforça a dificuldade de inserção desta parcela da população no mercado de trabalho, realidade não apenas do Estado, mas também do Brasil e do Sudeste. Também neste caso, os jovens menos escolarizados e de domicílios mais pobres foram os mais afetados.
Considerando os jovens que estão fora do mercado de trabalho, 40% não estudam e não trabalham, somando 100,5 mil pessoas, em sua maioria, mulheres, de cor ou raça preta ou parda, residentes na zona urbana e de domicílios mais pobres. Particularmente no caso das mulheres, as tarefas domésticas são um dos principais fatores para esta condição: em 2014, de cada dez mulheres fora do mercado de trabalho, nove exerciam atividades domésticas.
Constata-se, a partir destes resultados, a condição de vulnerabilidade do jovem no mercado de trabalho, seja devido a sua inserção precária, sua maior taxa de desocupação ou sua inatividade, e a importância de políticas públicas voltadas para estes grupos.
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