O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou, nesta quinta-feira (17), uma análise detalhada sobre as Unidades de Conservação (UCs) no Espírito Santo, com base nos dados do Censo Demográfico 2022 publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento integra a série de estudos voltados para compreender as principais características da população e dos domicílios capixabas, inserindo o tema ambiental no debate sobre o planejamento urbano e regional.
As Unidades de Conservação, conforme estabelecido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), têm papel essencial na preservação da biodiversidade e no uso sustentável dos recursos naturais. Algumas são destinadas exclusivamente à proteção integral, enquanto outras permitem atividades humanas sob condições que garantam a manutenção dos ecossistemas.
Segundo os dados analisados pelo IJSN, o Espírito Santo conta atualmente com 140 Unidades de Conservação distribuídas em 46 dos seus 78 municípios. Em 30 deles, há moradores vivendo dentro dos limites dessas áreas protegidas. No total, 99.240 capixabas residem em UCs, o que representa 2,59% da população estadual — proporção inferior à média nacional, que é de 5,82%, com aproximadamente 11,8 milhões de brasileiros vivendo nessas regiões.
A Capital Vitória lidera o ranking de municípios com maior população em UCs, com 27.452 pessoas, seguida por Serra (17.898), Itapemirim (17.317) e Guarapari (15.000). A maior parte desses moradores, tanto no Espírito Santo (94%) quanto no Brasil (97%), está localizada em Áreas de Proteção Ambiental (APAs), categoria de UC que permite habitação e atividades produtivas com regras específicas para garantir a conservação ambiental.
Além da dimensão populacional, o estudo também examina os domicílios situados nessas áreas. Em todo o Estado, 35.195 residências estão localizadas em Unidades de Conservação. No que se refere ao saneamento básico, 76% dessas moradias contam com algum tipo de sistema, seja rede geral de esgoto, rede pluvial, fossa séptica ou fossa filtro, um índice que se destaca por ser dez pontos percentuais acima da média nacional.
Para o diretor-geral do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira, os dados evidenciam avanços importantes na gestão ambiental e urbana do Estado. “É um número expressivo e que mostra como a gestão estadual tem sabido aproveitar as janelas de oportunidade nas políticas públicas. Reconhecer as conquistas também é parte do processo de planejar e gerir melhor. O Instituto Jones sempre estará à disposição para gerar dados que contribuam para as melhores decisões dos gestores, em benefício da população”, afirmou Lira.
O levantamento ainda traz um panorama detalhado das APAs com maior concentração populacional. A APA do Maciço Central lidera com 24.627 habitantes, seguida pela APA da Lagoa Guanandy (18.808), APA de Praia Mole (14.561), APA de Setiba (12.551) e APA da Lagoa Grande (12.259).
A análise completa está disponível no link: https://ijsn.es.gov.br/Media/IJSN/PublicacoesAnexos/S%C3%ADnteses/IJSN%20no%20Censo%202022%20-%20Unidades%20de%20Conserva%C3%A7%C3%A3o.pdf
Texto: Joicy Marques
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