Entre os estados da Região Sudeste, o Espírito Santo apresenta a menor taxa de pobreza no ano de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e calculados pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Entre 2005 e 2015, o Estado diminuiu o percentual de pobreza de 22,8% para apenas 8,8%.
Em 2015, a taxa de pobreza aumentou 1,3 p.p. em relação a 2014, saltando de 7,5% para 8,8%. No mesmo período, a pobreza aumentou 1,8 p.p. no País. São consideradas abaixo da linha da pobreza pessoas que possuem renda mensal abaixo de R$ 288. Na linha da extrema pobreza, estão as pessoas cuja renda não ultrapassa R$ 144.
Na análise dos dados de extrema pobreza, no Espírito Santo, em 2014, 1,7% dos capixabas estava em situação de extrema pobreza. Em 2015, o número saltou para 3%.
Renda per capita
A renda per capita dos capixabas aumentou consideravelmente entre os anos de 2005 e 2015, passando de R$ 780,81 para R$ 1.052,36. Na comparação de 2015 com o ano anterior, houve queda de -8,9%. Entre os estados do Sudeste, o Espírito Santo foi seguido de São Paulo com -8,8%, Rio de Janeiro com 6,5% e Minas Gerais com -4,3%.
Segundo a diretora-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Andrezza Rosalém, a pobreza no Espírito Santo, que mantinha uma tendência de redução ao longo da última década, apresentou um segundo aumento em 2015. O outro ocorreu em 2013. A situação de extrema pobreza também seguiu a mesma tendência, diante da crise econômica enfrentada pelo país. “O fenômeno de aumento na pobreza é uma consequência direta da queda na renda dos mais pobres em 2015, resultado da grave crise econômica nacional. A renda do décimo mais pobre caiu 15% e a do segundo décimo cerca de 11%. Enquanto a média capixaba teve queda de 10%. Provavelmente essas famílias não tiveram tempo hábil para acessar o Programa Bolsa Família, que busca garantir uma renda mínima para esse grupo - o benefício de erradicação da extrema pobreza”, afirma.
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