Os servidores do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) participaram, nesta quarta-feira (14), de uma palestra sobre a conjuntura econômica nacional frente à crise europeia. O economista Fabrício Augusto de Oliveira proferiu a palestra “A Crise Europeia e as Perspectivas da Economia Brasileira”.
Estiveram presentes os coordenadores de pesquisas do IJSN, o Diretor Presidente, José Edil Benedito, a Diretora de Estudos e Pesquisas do instituto, Denise Pereira Barros Nascimento, além do secretário de Estado de Economia e Planejamento, Guilherme Henrique Pereira.
Durante o evento, Oliveira pontuou que existe na Europa “um horizonte sombrio”. “Os países europeus vão ter que continuar promovendo ajustes fiscais das suas contas, o que amarra o crescimento econômico. Não vislumbro crescimento possível, por um bom tempo, principalmente nos países da zona do Euro. Esses países estão com sistema financeiro fragilizado, houve muita perda de recurso”, pontuou. O palestrante citou ainda a situação da economia americana, que chamou de “anêmica”.
BrasilOliveira fez considerações sobre a “crise do subprime” (crise financeira desencadeada em 2006 nos Estados Unidos) onde o país utilizou políticas de fortalecimento do mercado interno e conseguiu mitigar seus efeitos.
“2010 foi um ano atípico e o país emplacou um crescimento de 7,5%. Isso levou o governo, em 2011, a desmontar várias dessas políticas, pela pressão inflacionária gerada”, contou.
Discorrendo sobre a atual situação da economia do país, o economista citou o encolhimento do mercado externo: Estados Unidos, União Européia e China. “Esse mercado é fonte importante para o mercado nacional. O governo tem fortalecido o mercado interno novamente, com a redução dos juros, políticas fiscais de incentivo a grandes mercados empregadores, expansão do crédito e outras medidas”.
O especialista pontua, porém, que o cenário é de cautela. “Essas medidas podem gerar pressão inflacionária interna. Temos uma grande carga tributária e infraestrutura econômica precária. A política econômica vem sinalizando no sentido de políticas defensivas, mas não tenho otimismo diante das limitações estruturais que temos para carregar um crescimento importante”.
FederalismoAo final do evento, os participantes puderam fazer perguntas ao palestrante. Questionado sobre o assunto, Oliveira falou sobre a discussão federativa em torno dos royalties e da redefinição sobre o ICMS interestadual sobre importados. O economista pontuou a importância de o Governo Federal agir enquanto coordenador do debate: “Esses são temas mais específicos, que estão dentro de uma grande discussão, que é o modelo ideal de federalismo que a população deseja”, concluiu.
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