Em 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo apresentou queda de -3,8% quando comparado ao ano anterior. Os dados foram apresentados, nesta sexta-feira (12), em transmissão on-line, pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e são calculados em uma parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Produto Interno Bruto (PIB) dos estados é calculado por meio do Sistema de Contas Regionais, programa de trabalho coordenado pelo IBGE, cuja construção e desenvolvimento é realizado em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, as Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa. O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) é o representante do estado do Espírito Santo no cálculo do indicador.
De acordo com o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antonio Ricardo Freislebem da Rocha, os resultados do PIB capixaba de 2019 alcançaram a cifra de R$ 137,3 bilhões, o que representou 1,9% do PIB brasileiro naquele ano. “Esse resultado demonstra um recuo em termos reais de -3.8% em relação ao ano anterior, ficando abaixo da variação nacional, que foi de +1,2% e da variação da região Sudeste (+1,0%)”, explicou.
Ainda segundo o coordenador, a perda de participação da Indústria (-15,9%), em especial das Indústrias Extrativas (-29,6%), no período e, em menor intensidade, da Agropecuária (-2,9%), estão entre os fatores que influenciaram nessa retração.
“Naquele ano, a economia capixaba, que vinha se recuperando das perdas causadas pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015, sofreu um novo impacto negativo, dessa vez, devido aos reflexos do desastre ocorrido em Brumadinho (MG). Houve uma redução considerável na produção de minério de ferro e em sua respectiva cadeia de produção”, disse Antonio Freislebem.
O coordenador aponta ainda fatores como a maturação dos campos de petróleo no litoral capixaba, a reprogramação da produção de papel e celulose, com o redirecionamento da produção para outras plantas nacionais da empresa Suzano e a bienalidade negativa da produção de café como outros influenciadores do resultado obtido em 2019.
O setor de Serviços, em contrapartida, apresentou taxa de crescimento real de +1,6%, sendo o único grande setor a registrar aumento em volume e preços do valor adicionado. Com isso, o setor ampliou sua importância na economia estadual, saltando de 63,9% para 69,8% entre os anos de 2018 e 2019. Foi a terceira maior participação no PIB capixaba de toda a série histórica, iniciada em 2010.
“Não podemos deixar de destacar que o resultado foi contrabalanceado pelo desempenho positivo de setores como Construção, que apresentou importante expansão de +6,6%, e na perspectiva dos Serviços, com destaque para Alojamento e Alimentação e Serviços Domésticos”, pontuou o diretor de Integração do IJSN, Pablo Lira.
Apesar da perda de participação, o Espírito Santo se manteve em 14º lugar no ranking por Unidade da Federação, posição ocupada desde 2016. Em relação ao PIB per capta, o Espírito Santo teve uma redução real de -4,9% no período, chegando ao valor de R$ 34.177. O resultando manteve o Estado na nona posição do ranking, a mesma ocupada em 2018.
“A despeito dessa tragédia e de suas consequências no plano econômico do Espírito Santo, é importante ressaltar que isso não afetou a posição do Estado em relação às demais unidades da federação. A expectativa é de que, com o anúncio dos próximos resultados, o Espírito Santo retorne às posições históricas que obtinha”, destacou o diretor-presidente do IJSN, Daniel Cerqueira.
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